quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Poesia para meus bebês do Berçário II
terça-feira, 18 de setembro de 2012
POESIAS & FRALDAS
sexta-feira, 22 de junho de 2012
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Meus filhos...
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Ser Mãe!!! Chegando a hora...
A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo, espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.
Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga; o instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.
Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?
É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.
Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É leva-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.
É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampara-los nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências.
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: “e se tivesse sido meu filho?”
E quando vir fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome.
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observa-lo sentado no chão, brincando com o filho. É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.
É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.
Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.
Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de “mamãe” a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.
Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê. Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais – não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.
É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.
É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.
É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.
(fonte: http://www.momento.com.br)
Muito feliz, chegando a hora...
terça-feira, 21 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
Repostando...
Pensando a Subjetividade...
Lembrando que as reflexões sobre as questões da construção da identidade e da subjetividade surgiram a partir dos textos e materiais de apoio do Curso de Mediadores!
O Grande Conselho de Monteiro Lobato
segunda-feira, 13 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
Canção dos Mediadores (Paródia)
quinta-feira, 2 de junho de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Tempo da Vida
Figura disponível em: http://www.moma.org/collection/browse_results.php?object_id=79018
acesso em 27/05/11
Escutando o TIC TAC
eu não paro de pensar
É o tempo a dizer
que não podemos parar.
TIC TAC TIC TAC
eu não paro de escutar
Dia e noite, noite e dia
é o tempo a passar.
O relógio é como um “Ditador”
dita a hora, dita o dia, dita o tempo
Eu perdido neste tempo
vou buscando meu valor.
Na família, no trabalho,
no lazer e no estudo
Vou seguindo minha vida...
TIC TAC TIC TAC TIC TAC ...
segunda-feira, 23 de maio de 2011
— Ria, ria. Vocês homens são todos iguais; não acreditam — Ela errou, disse Júnior, com ar de deboche. Mas depois pegou nas mãos de Patrícia e disse o quanto gostava dela e que não era preciso ficar preocupada e, quando tivesse duvidas, ele mesmo iria ler a mão da amante e dizer-lhe do futuro. O jovem rapaz disse ainda que era perigoso demais ficar procurando esse tipo de gente, pois Pedro poderia descobrir tudo. — Ele não vai saber de nada, eu fiz tudo — Onde te atendeu essa cigana? — Aqui perto, na Praça Tamandaré, eu cuidei para ver se nenhum conhecido passava por nós. Júnior riu outra vez: — Tu acreditas mesmo nestas besteiras? Ela disse que sim, e que ele também tinha que acreditar. Mas o amante, com o passar dos anos foi esquecendo todas as crenças e misticismos que sua mãe lhe passou quando criança e agora, não lhe cabia acreditar em tais besteiras. No entanto, ficou quieto pra não deixa - lá triste. Após essa conversa separam-se, cada um foi por uma das ruas do centro, para não levantar suspeitas, ambos estavam felizes, ela satisfeita pelas palavras da cigana, ele satisfeito por ela provar o quanto gostava dele. Pedro, Júnior e Patrícia, três nomes, uma aventura que vamos contar agora. Os rapazes eram amigos desde guri, sempre andavam juntos e mesmo depois que Júnior foi estudar jornalismo, — É você? exclamou Patrícia, estendendo-lhe a mão. Não imagina como meu marido é seu amigo; fala sempre de ti e me diz que foram os melhores amigos quando eram piazitos. Pedro e Júnior olharam-se com carinho e se abraçaram. Depois, Júnior disse para si mesmo que a mulher de Pedro não desmentia as cartas do marido. Realmente, era muito linda a Patrícia, com um corpo de fazer qualquer homem balançar e, mais ainda, sabia lidar com as palavras. Isso ele pode comprovar com a convivência que passaram a ter os três, todas as semanas, quando se encontravam para ir a um barzinho, tomarem um chopp, ou simplesmente sorver um chimarrão na praça. É certo que cada vez mais Patrícia e Júnior se aproximavam, mas não deixavam transparecer nada além de uma bonita amizade. Por estar praticamente sozinho na cidade, pois seus pais haviam falecido a algum tempo, o jornalista Júnior se tornou visitante assíduo da casa do casal e, claramente, tinha outros interesses. A verdade é que gostava de passar as horas ao lado dela. E não havia mais como fugir daquela paixão devastadora. Ainda que a amizade com Pedro continuasse a mesma e este nem desconfiava de nada. Um dia, porém, Júnior recebeu uma mensagem de celular sem destinatário, que lhe chamava imoral e pérfido, e dizia que todos sabiam das “escapadinhas” dele e da amante. Júnior teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à casa de Pedro, também a não atender o celular, quando este lhe ligava e não responder as mensagens do orkut ou msn. Porém, o rapaz recebeu mais duas ou três cartas e temia que a pessoa anônima fosse falar com o “amigo”. Daí a algum tempo Pedro começou a mostrar-se esquisito, falando pouco, com ar de desconfiado. Patrícia achava que Júnior devia voltar a visitá-los, a sair com eles nas festas. Mas ele achava que não, que deviam ter cautela e se cuidar, afinal de contas, as notícias andam e se alguém soubesse do envolvimento deles, isso seria o “fim da picada”. No dia seguinte, recebeu Júnior uma mensagem do “telefone do Pedro”: "Preciso bater um papo contigo urgente, por favor, meu amigo, venha até nossa casa.” Júnior ficou com muito medo, mas resolveu ir até a casa de Patrícia, pois poderia ser que ‘nem fosse nada demais”, o amigo só devia estar querendo saber os motivos da ausência dele na cãs, nas festas, nos encontros que costumavam fazer todas as semanas. E lá foi ele, pensando a todo momento nas palavras do torpedo. E decidiu ir naquele momento mesmo. — Quanto antes, melhor, pensou ele; não posso ficar pensando besteiras, desse jeito vou ficar louco. Júnior pegou o primeiro ônibus que passou em frente a sua parada e foi. Então, reclinou-se no banco para não prestar atenção em nada, mesmo porque, a cada momento, as palavras do tal torpedo surgiam em sua mente. A agitação dele era grande. Eis que não muito longe de sua parada, justamente em frente à Praça Toqueto, um acidente gravíssimo interrompeu o transito e eis que carro algum tinha permissão para passar, muito menos ônibus. Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Júnior fechava os olhos, procurava não pensar, mas seus pensamentos o levavam sempre ao mesmo lugar, às mesmas pessoas. Porém, olhando para a praça, avistou uma cigana, só poderia ser uma cigana, pela roupa que estava usando e pelo modo que abordava as pessoas que passavam. Eis que naquele impasse de esperar os policiais liberar o transito, não se aguentou. Quando percebeu, estava na calçada, próximo da mulher, próximo da sortista. Júnior disse que ia consultá-la, ela pegou sua mão e lhe disse exatamente as palavras que ele queria ouvir: — Vejamos primeiro o que é que o traz até mim. O rapaz está assustado e amedrontado... Júnior fez um gesto afirmativo. — E quer saber, continuou ela, se tu vai ter problema ou não... A sortista não sorriu; disse-lhe só que esperasse. Pegou a mão do rapaz com cuidado novamente e lhe disse-lhe: — As cartas dizem-me que nada aconteceria nem a um nem a outro; ele, o terceiro, ignorava tudo. Não obstante, era indispensável mais cuidado; ferviam invejas e pessoas faladeiras. Falou-lhe do amor que os ligava, da beleza de Patrícia... Júnior estava deslumbrado, pois a mulher havia lhe restituído a paz de espírito. Por fim, perguntou a cigana quanto lhe devia e ela disse que devia dar aquilo que seu coração mandava. Júnior tirou uma nota de cem reais, e deu a ela. Os olhos da mulher fuzilaram. O preço usual era dez reais. E lá se foi ele, cantarolando, embarcar no ônibus que estava estacionado no mesmo lugar, devido ao acidente. E logo o transito foi liberado e ele pode seguir caminho. Em pouco tempo, chegou à casa de Pedro. A casa estava silenciosa. Subiu os seis degraus, e mal teve tempo de bater, a porta abriu-se, e apareceu-lhe Pedro. — Desculpa, não pude vir mais cedo; que aconteceu meu amigo? Pedro não lhe respondeu; parecia abatido; fez-lhe sinal, e foram para uma sala interior. Entrando, Júnior não pôde sufocar um grito de terror: — ao fundo sobre a poltrona, estava Patrícia morta e ensangüentada. Pedro tentou pega-lo pela gola, mas ele foi mais ágil e antes que o outro lhe mirasse o revólver, ele tomou a arma das mãos do amigo e lhe atirou. Após acertou um tiro em seu próprio tórax, pondo fim a uma história de amizade, de amor e de angustias. Fonte: A cartomante, Machado de Assis. |