sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tempo da Vida







Obra " A Persistência da Memória"


Salvador Dali
Figura disponível em: http://www.moma.org/collection/browse_results.php?object_id=79018
acesso em 27/05/11




Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha.




TEMPO DA VIDA


Escutando o TIC TAC
eu não paro de pensar
É o tempo a dizer
que não podemos parar.

TIC TAC TIC TAC
eu não paro de escutar
Dia e noite, noite e dia
é o tempo a passar.

O relógio é como um “Ditador”
dita a hora, dita o dia, dita o tempo
Eu perdido neste tempo
vou buscando meu valor.

Na família, no trabalho,
no lazer e no estudo
Vou seguindo minha vida...
TIC TAC TIC TAC TIC TAC ...





Os Confrades.

segunda-feira, 23 de maio de 2011


A sortista


Há muitos mistérios na vida, os quais nem sempre imaginamos, mas temos que desvendar. Isso era o que falava a linda Patrícia a Júnior, numa noite de sexta-feira, de maio de 2011, quando o rapaz ria dela, por ter ido a uma sortista, mulher que vê a sorte, prevê o futuro, lendo as mãos das pessoas.

— Ria, ria. Vocês homens são todos iguais; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que a cigana, ao pegar minha mão, disse-me exatamente qual era o motivo de eu estar lhe procurando. Ela me disse que eu estava apaixonada e envolvida com um homem e que não era necessário ficar ansiosa, pois você é apaixonado por mim.

— Ela errou, disse Júnior, com ar de deboche. Mas depois pegou nas mãos de Patrícia e disse o quanto gostava dela e que não era preciso ficar preocupada e, quando tivesse duvidas, ele mesmo iria ler a mão da amante e dizer-lhe do futuro. O jovem rapaz disse ainda que era perigoso demais ficar procurando esse tipo de gente, pois Pedro poderia descobrir tudo.

— Ele não vai saber de nada, eu fiz tudo em off. Disse ela.

— Onde te atendeu essa cigana?

— Aqui perto, na Praça Tamandaré, eu cuidei para ver se nenhum conhecido passava por nós.

Júnior riu outra vez:

— Tu acreditas mesmo nestas besteiras?

Ela disse que sim, e que ele também tinha que acreditar. Mas o amante, com o passar dos anos foi esquecendo todas as crenças e misticismos que sua mãe lhe passou quando criança e agora, não lhe cabia acreditar em tais besteiras. No entanto, ficou quieto pra não deixa - lá triste. Após essa conversa separam-se, cada um foi por uma das ruas do centro, para não levantar suspeitas, ambos estavam felizes, ela satisfeita pelas palavras da cigana, ele satisfeito por ela provar o quanto gostava dele.

Pedro, Júnior e Patrícia, três nomes, uma aventura que vamos contar agora. Os rapazes eram amigos desde guri, sempre andavam juntos e mesmo depois que Júnior foi estudar jornalismo, em Porto Alegre, eles continuaram mantendo contato. Tanto que, Pedro mandava sempre e-mails para o amigo, contando-lhe, entre outras coisas, que tinha conhecido uma moça muito bonita, que tinha se apaixonado e com a qual tinha casado. Eram tais os elogios do amigo à sua esposa, que o jornalista até ficou entusiasmado em conhecê-la. E isso aconteceu quando o rapaz se formou na capital e veio para sua cidade natal, Passo Fundo, onde foi recepcionado no aeroporto pelo amigo Pedro e sua esposa Patrícia.

— É você? exclamou Patrícia, estendendo-lhe a mão. Não imagina como meu marido é seu amigo; fala sempre de ti e me diz que foram os melhores amigos quando eram piazitos.

Pedro e Júnior olharam-se com carinho e se abraçaram. Depois, Júnior disse para si mesmo que a mulher de Pedro não desmentia as cartas do marido. Realmente, era muito linda a Patrícia, com um corpo de fazer qualquer homem balançar e, mais ainda, sabia lidar com as palavras. Isso ele pode comprovar com a convivência que passaram a ter os três, todas as semanas, quando se encontravam para ir a um barzinho, tomarem um chopp, ou simplesmente sorver um chimarrão na praça. É certo que cada vez mais Patrícia e Júnior se aproximavam, mas não deixavam transparecer nada além de uma bonita amizade. Por estar praticamente sozinho na cidade, pois seus pais haviam falecido a algum tempo, o jornalista Júnior se tornou visitante assíduo da casa do casal e, claramente, tinha outros interesses. A verdade é que gostava de passar as horas ao lado dela. E não havia mais como fugir daquela paixão devastadora. Ainda que a amizade com Pedro continuasse a mesma e este nem desconfiava de nada.

Um dia, porém, Júnior recebeu uma mensagem de celular sem destinatário, que lhe chamava imoral e pérfido, e dizia que todos sabiam das “escapadinhas” dele e da amante. Júnior teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à casa de Pedro, também a não atender o celular, quando este lhe ligava e não responder as mensagens do orkut ou msn. Porém, o rapaz recebeu mais duas ou três cartas e temia que a pessoa anônima fosse falar com o “amigo”.

Daí a algum tempo Pedro começou a mostrar-se esquisito, falando pouco, com ar de desconfiado. Patrícia achava que Júnior devia voltar a visitá-los, a sair com eles nas festas. Mas ele achava que não, que deviam ter cautela e se cuidar, afinal de contas, as notícias andam e se alguém soubesse do envolvimento deles, isso seria o “fim da picada”.

No dia seguinte, recebeu Júnior uma mensagem do “telefone do Pedro”: "Preciso bater um papo contigo urgente, por favor, meu amigo, venha até nossa casa.” Júnior ficou com muito medo, mas resolveu ir até a casa de Patrícia, pois poderia ser que ‘nem fosse nada demais”, o amigo só devia estar querendo saber os motivos da ausência dele na cãs, nas festas, nos encontros que costumavam fazer todas as semanas. E lá foi ele, pensando a todo momento nas palavras do torpedo. E decidiu ir naquele momento mesmo.

— Quanto antes, melhor, pensou ele; não posso ficar pensando besteiras, desse jeito vou ficar louco.

Júnior pegou o primeiro ônibus que passou em frente a sua parada e foi. Então, reclinou-se no banco para não prestar atenção em nada, mesmo porque, a cada momento, as palavras do tal torpedo surgiam em sua mente. A agitação dele era grande. Eis que não muito longe de sua parada, justamente em frente à Praça Toqueto, um acidente gravíssimo interrompeu o transito e eis que carro algum tinha permissão para passar, muito menos ônibus. Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Júnior fechava os olhos, procurava não pensar, mas seus pensamentos o levavam sempre ao mesmo lugar, às mesmas pessoas. Porém, olhando para a praça, avistou uma cigana, só poderia ser uma cigana, pela roupa que estava usando e pelo modo que abordava as pessoas que passavam. Eis que naquele impasse de esperar os policiais liberar o transito, não se aguentou.

Quando percebeu, estava na calçada, próximo da mulher, próximo da sortista. Júnior disse que ia consultá-la, ela pegou sua mão e lhe disse exatamente as palavras que ele queria ouvir:

— Vejamos primeiro o que é que o traz até mim. O rapaz está assustado e amedrontado...

Júnior fez um gesto afirmativo.

— E quer saber, continuou ela, se tu vai ter problema ou não...

A sortista não sorriu; disse-lhe só que esperasse. Pegou a mão do rapaz com cuidado novamente e lhe disse-lhe:

— As cartas dizem-me que nada aconteceria nem a um nem a outro; ele, o terceiro, ignorava tudo. Não obstante, era indispensável mais cuidado; ferviam invejas e pessoas faladeiras. Falou-lhe do amor que os ligava, da beleza de Patrícia... Júnior estava deslumbrado, pois a mulher havia lhe restituído a paz de espírito. Por fim, perguntou a cigana quanto lhe devia e ela disse que devia dar aquilo que seu coração mandava.

Júnior tirou uma nota de cem reais, e deu a ela. Os olhos da mulher fuzilaram. O preço usual era dez reais. E lá se foi ele, cantarolando, embarcar no ônibus que estava estacionado no mesmo lugar, devido ao acidente. E logo o transito foi liberado e ele pode seguir caminho.

Em pouco tempo, chegou à casa de Pedro. A casa estava silenciosa. Subiu os seis degraus, e mal teve tempo de bater, a porta abriu-se, e apareceu-lhe Pedro.

— Desculpa, não pude vir mais cedo; que aconteceu meu amigo?

Pedro não lhe respondeu; parecia abatido; fez-lhe sinal, e foram para uma sala interior. Entrando, Júnior não pôde sufocar um grito de terror: — ao fundo sobre a poltrona, estava Patrícia morta e ensangüentada. Pedro tentou pega-lo pela gola, mas ele foi mais ágil e antes que o outro lhe mirasse o revólver, ele tomou a arma das mãos do amigo e lhe atirou. Após acertou um tiro em seu próprio tórax, pondo fim a uma história de amizade, de amor e de angustias.

Fonte: A cartomante, Machado de Assis.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A POESIA NOS RONDA

A criança chega à escola com uma bagagem de registros que são ditos por ela, expressadas oralmente. São os acalantos, as parlendas, as adivinhas, os trava- línguas, as cantigas de roda. Essas expressões da poesia acompanham a criança desde o nascimento e pensamos ter uma função iniciante no desenvolvimento emocional e poético da infância. É necessário, então, resgatarmos esse acervo, esse material que a criança já traz de sua experiência cotidiana a levá-los para a sala de aula.
Na escola aos poucos a criança vai percebendo a passagem da oralidade para a escrita. Onde antes somente o brinquedo fazia parte de sua vida, ou teria maior importância, agora entra a palavra, a escrita. O livro nesta fase ganha um espaço especial no baú dos brinquedos.
O professor antes de mais nada, tem que ter paixão pela leitura e agora, mais do que nunca, como mediador, precisa estar seguro de si e oferecendo poesias às crianças irá cativá-las e encantá-las. Irá, ainda nas séries iniciais, mostrar que a palavra é "magica' e quando ludicamente trabalhada é o meio que levará a criança a formalizar suas fantasias.
A poesia é sentimento, é emoção, e´criação portanto vamos dar asas a imaginação e permitir que nossas crianças sonhem e "brinquem com palavras, como se brinca com bola, papagaio e pião", como diz José Paulo Paes.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mães...

Mães... quem é mãe com certeza se emocionou com o texto da campanha da Renner, e apesar da propaganda gratuita aqui, essas “palavras” expressam profundamente a relação mãe e filhos... O vídeo é lindo! Aí vai o texto:


“Filhos crescem. E vai chegar um dia em que eles não vão mais precisar de você. Vão realizar sozinhos tarefas impossíveis como amarrar os tênis. Vão ler suas próprias histórias antes de dormir e espantar sozinhos os monstros de baixo da cama. Não vão querer nem que você ajude a escolher suas roupas. Pior: ainda vão chamar você de antiquada. Vai chegar o dia em que eles vão querer a sua carona, mas não a sua companhia. E vai chegar o dia, aquele dia, em que eles vão arrumar suas coisas e vão embora. Mas também chega o dia… em que eles voltam.

Feliz Dia das Mães”.

Amo você mãe! Amo você Elisa! E o Vicente que vem vindo!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Temos muitas variações linguísticas em nosso País, como mostra o texto abaixo:

Tipos de assaltantes brasileiros

Assaltante Nordestino: Ei, bichim...Isso é um assalto...Arriba os braços e num se bula num se cague e num faça munganga..Arrebola o dinheiro no mato e não faça patim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora...Perdão meu Patim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia.
Assaltante Mineiro: Ô sô, prestenção...isso é um assarto, uai...Levanta os braços e fica quetim quesse trem na minha mão tá cheio de bala...Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje.Vai andando, uai! Tá esperando o que, uai!
Assaltante Gaúcho: O ooo guri, ficas atento...Bah, isso é um assalto...Levantas os braços e te aquieta, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa os pilas pra cá! E te manda a la cria, senão o melão vai queimar.
Assaltante Carioca: Seguiiinnte, bicho...Isso é um assalto...Passa a grana e levanta os braços rapá...Não fica de bobeira que eu atiro bem pra daná...Vai andando e se olhar pra trás vira presunto.
Assaltante paulista: Ôrra meu...Isso é um assalto, meu ...Alevanta os braços, meu...Passa a grana logo, meu...Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bileteria aberta pá compra os ingresso do jogo do Curintia, meu...Pô,se manda,meu...
Fonte:Polígrafo do Universitário, profº Roger Rouffiax

sábado, 23 de abril de 2011

Pensando a subjetividade...

"Você me pede um conselho e atrevidamente eu dou o Grande Conselho: seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos ou não somos coisa nenhuma. E para ser si mesmo é preciso um trabalho de mouro e uma vigilância incessante na defesa, por tudo que conspira para que sejamos meros números, carneiros dos vários rebanhos políticos, religiosos ou estéticos. Há no mundo o ódio e a exceção - e ser si mesmo é ser exceção. Ser exceção e defendê-la contra todos os assaltos da uniformização: isto me parece a grande coisa".
Monteiro Lobato


Refletindo a construção da identidade e lendo o Grande Conselho de Monteiro Lobato me veio a mente a música Dom Quixote, do Humberto Gessinger e Paulo Galvão.
pensei na análise e o trabalho que pode ser feito relacionando o livro de Cervantes, o Conselho de Lobato e a música dos Engenheiros fazendo reflexões da sociedade de hoje que considera otários "loucos"os que não estão de acordo, ou não se encaixam nos números, ou os que sonham e lutam por causas "perdidas"... , e tantas outras reflexões que surgem destas obras.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia do Livro - 18 de abril

O livro é a casa
onde se descansa
do mundo.

O livro é a casa
do tempo,
é a casa de tudo.

Mar e rio
no mesmo fio,
água doce e salgada.

O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada.

Roseana Murray


sábado, 16 de abril de 2011

Pra não dizer que não falei das flores



Escolhemos esta música Pra não dizer que não falei das flores porque nos passa uma linda mensagem  de coragem, de esperança e de vida. Somos todos irmãos, cada um seguindo sua missão, seus objetivos, seu caminho. Vamos em frente colegas.. Alguém espera por nós.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Livros são divertidos e práticos Você pode ler no ônibus, no parque, no consultório e onde achar que for melhor para você .Faz as pessoas aprenderem mais sobre o mundo e os indivíduos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Confraria da Leitura

Olá Pessoal! Estamos participando do Curso de extensão Mediadores de Leitura na Biodiversidade do Pólo da UAB em Camargo-RS Estamos muito empolgados, com tema e pelo curso estar nos desafiando a entrar em contato com o uso das diversas tecnologias que estão a nosso dispor e que nem sempre fazemos uso delas! Ah! e gostaria de dizer também que pensamos no nome Confraria da Leitura, por entender por confraria um conjunto de pessoas que se associam (como irmãos), tendo em vista interesses e objetivos em comum. Neste caso "A LEITURA" Um abraço a todos!